sábado, 19 de setembro de 2020

SE O HOMEM DO CAMPO NÃO PLANTA, A CIDADE NÃO JANTA!

 O alto preço do arroz branco gerado com a pandemia, tem proporcionado aos produtores apodienses ampliarem as vendas do produto.

Números: 

40, número de hectares plantadas em 2020. 

400, número de hectares em 2021. 

400, número de toneladas produzidas/ ano.

  Por enquanto a alta do preço do arroz branco que afeta os consumidos brasileiros, e hoje tem um valor médio do pacote de R$ 5 e R$7,00 reais, 1kg do arroz, vem provocando aumento nas vendas do arroz vermelho produzido em Apodi. O produto pode ser uma alternativa para os consumidores.
  O preço do arroz vermelho produzido em Apodi, se mantém estável e continua custando em média R$ 4,50 reais, 1kg, mesmo valor pago antes da crise, e bem abaixo do arroz branco, tradicionalmente consumido pela maioria dos consumidores brasileiros. 
  De acordo com o produtor, Breno Galvão, a alta do preço do arroz branca e a manutenção do preço do arroz vermelho tem provocado um aumento da procura pelo produto. “Hoje estamos registrando um aumento entre 20% e 25% nas vendas do nosso arroz vermelho, e com perspectiva de aumento dessa procura, já que antes o preço no nosso arroz era mais alto e hoje ficou abaixo do outro”, disse. 
  Segundo ele, a comercialização do arroz produzido em Apodi, que antes era feita em grande parte por compradores da Paraíba, hoje começa a ser feita em maior escala para compradores do Rio Grande do Norte. 
  O aumento do consumo de arroz vermelho e o aumento do preço do arroz branco motivou os produtores locais a ampliar a área de produção e diversificar a produção o plantio de arroz branco. “Nós realizamos alguns testes, antes mesmo dessa crise, e tivemos sucesso. Diante disso estamos incentivando outros produtores a plantar também o arroz branco , tendo em vista a facilidade de mercado”, disse o produtor. 
  Os testes realizado com sementes selecionadas de arroz, resultaram numa produção de 4 mil quilos do produto, a expectativa é que para 2021, a área de plantio do arroz branca seja ampliada de 40 para 400 hectares. 
De acordo com Breno Galvão a região do Vale do Apodi, produz em me de 400 toneladas de arroz vermelho por anos, em duas safras. “Nos realizamos duas colheitas por ano, uma entre os meses de junho e julho e outra em dezembro. Nossa perspectiva é que para o próximo anos possamos ampliar essa produção”, acrescenta. 
  Para este ano, os agricultores acreditam que a produção será melhor do que a registrada em 2019, tendo em vista o volume de chuvas o que reduz o custo de produção. 
Breno diz que mesmo com o preço mais baixo, o lucro deve ser satisfatório para os produtores locais. “As chuvas deste ano ajudaram e fizeram com que os produtores reduzissem os gastos com energia utilizada na irrigação das plantações”, relata. 

Preço do arroz branco deve se manter entre R$ 5 e R$ 7 até 2021

  Em entrevista portal brasil61.com, o presidente da Associação Brasileira da Industria do Arroz (Abiarroz), Elton Doeler, afirmou que a alta no preço do produto foi necessária para manter o estímulo da produção do grão.
  Segundo ele, 80% do arroz brasileiro é produzido basicamente na região Sul do país. Nos últimos 10 anos, o setor produtivo trabalhava com preços que giravam em torno de R$ 2 o quilo para o consumidor, e davam valores ao produtor de R$ 40 a saca. Além desse quadro, na avaliação de Doeler, uma série de fatores contribuiu para essa elevação de custo.  
  “Foi uma série de notícias, especialmente a pandemia, em que nós tivemos uma mudança de hábito. As pessoas ficaram em casa e isso aumentou o consumo. Com o dólar valorizado houve favorecimento de exportações, os mercados tradicionais importadores fecharam suas fronteiras para exportações de arroz. Mas, o Brasil continuou. Então, houve uma sensação de escassez no mercado e isso trouxe o aumento de preço na matéria prima”, explicou. 
  Com essa mudança de cenário, o presidente da Abiarroz, acredita que o consumidor deve continuar pagando um valor mais caro no quilo do arroz, pelo menos até a próxima safra. No entanto, mesmo com as alterações de preço, ele acredita que o produto não vai custar tanto ao bolso da sociedade. 
  “Um quilo de arroz alimenta, aproximadamente 10 pessoas. Se custava R$ 2 o quilo, custaria R$ 0,20 por pessoa. É muito barato uma refeição com esse alimento. Hoje, nós imaginamos que o preço do arroz vá se estabilizar em um patamar entre R$ 5 e R$ 7 reais que, ao nosso ver, ainda é atrativo para a média da população brasileira. Ou seja, um prato de arroz vai custar na mesa do brasileiro em torno de R$ 0,50”, pontuou. 

                                          Fonte: Oeste em Pauta

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