quinta-feira, 13 de maio de 2021

Da coluna de #MíriamLeitão

  As explicações do CEO da Pfizer para América Latina, Carlos Murillo, na CPI da Covid, mostram que o Brasil deixou de receber pelo menos 4,5 milhões de doses de vacina até março deste ano. Justamente o período em que a pandemia se agravou e houve o colapso do sistema de saúde em Manaus.

Murillo explicou que em agosto houve três propostas de venda de vacinas para o governo brasileiro, nos dias 14, 18 e 24, e, na maior delas, havia o compromisso de fornecimento de 1,5 milhão de doses em dezembro de 2020 e mais 3 milhões no primeiro trimestre deste ano. Todas as três ofertas ficaram sem resposta por parte do governo. Essa perda de 4,5 milhões poderia ter imunizado 2,25 milhões de brasileiros com a vacina que até agora tem mostrado a melhor eficácia contra o coronavírus.

Do segundo trimestre deste ano para frente, as ofertas se tornam parecidas entre a proposta de agosto e o acordo feito pelo governo em março deste ano, com 14 milhões de doses prometidas para o segundo trimestre de 2021, aumentando até o final do ano.

A perda de 4,5 milhões, na verdade, pode ter sido maior. Se o governo tivesse firmado o acordo em agosto, a Pfizer teria o país como parceiro estratégico e poderia elevar a quantidade de doses para entrega no final do ano passado e início deste ano. 

Foto: TV Senado 

Via: Globo

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